patrimônio histórico
Nós quando ouvimos a palavra patrimônio muitas vezes o que nos vem à cabeça é algo antigo, herdado de um familiar ou coisa similar. Contudo, a palavra Patrimônio na amplitude de sua definição não era definidor de abstrações, pelo menos no senso comum, renegando todos os saberes e práticas que não são materiais, sólidos, mas que também constituem valores inestimáveis. O ser humano é um ser racional e na sua essência ele tem algo intrínseco que é a individualidade. Falei isso para refletirmos como se dá um processo de eleição de algo a ser dado como patrimônio visto que a individualidade do ser humano tende a levá-lo a eleger bem mais próximos de si e negar aqueles não próximos de sua pessoa, isso caracteriza o quão é complexa a questão patrimonial na visão individual e coletiva, no texto fala que o patrimônio individual depende de nós, que decidimos o que nos interessa. Já o coletivo é sempre algo mais distante, pois é definido e determinado por outras pessoas, mesmo quando essa coletividade nos é próxima. A ideia de patrimônio para os Romanos era algo sempre ligado ao seu intimo ou a seus pertences, logo se compreendia por que as pessoas mais desprovidas de bens não tinha “patrimônio”. A Igreja na Idade Média trouxe o patrimônio, ou a ideia de “patrimônio” baseada nas suas construções pomposas. Mas a partir do renascimento podemos ver esta mudança de posse do que era dado como patrimônio, já que o movimento iluminista trazia a noção de retorno ao antigo, ao mundo antigo, fazendo assim mudar a concepção de patrimônio para algo além de construções (igrejas e etc.) ou herança. O surgimento das nações na Europa e nos demais continentes a partir do século XV propiciou mais uma noção do que venha a ser patrimônio. Nestas sociedades heterogêneas em que línguas, costumes, religiões eram díspares tornava-se complexo eleger o que viria a ser patrimônio. Com a ascensão destes Estados nacionais uma maior homogeneidade foi criada e se