Patrimônio Histórico Urbano - práticas de recuperar
Elisabeth Sydow
As cidades são espaços dinâmicos repletos de sinais e marcas que vão se modificando com o passar do tempo.
Refletem e refletiram a cultura, o estilo, o modo de vida de uma população, consequentemente sua identidade. Importante manter e conservar o patrimônio arquitetônico, histórico das cidades para manutenção da identidade, memória preservando o “ser” e o “pertencer” de cada um. Assim, se tornarão espaços “saudáveis” e “pacíficos” em que cada um se sentirá parte da esfera social.
Muitos países, principalmente europeus, já tem introjetado em sua cultura a questão da conservação do patrimônio, diferente do Brasil.
Conservar o patrimônio urbano cria um tenso diálogo com a inovação que precisa criar novos e diferentes espaços respeitando o antigo. COSTA (2011).
De acordo com Hall (1999) a perda da identidade cultural é grave, pois abala os quadros de referência que proporcionam aos indivíduos estabilidade no mundo social e podem provocar a ruptura no tecido dos grupos sociais, bem como a perda de suas raízes.
A cidade é um museu vivo, local de fruição, criação e rememoração, segundo Argan (2005).
Ginzburg coloca ênfase no “pormenor, no detalhe que revela”.
Fuentes evidencia o “romance histórico” para que as pessoas possam compreender sua própria história, seu país.
Costa (2011) afirma que através dos nomes de ruas, das construções antigas e modernas, dos ritos e festas, nos ditos populares, nos cheiros, na paisagem, nos sons e ruídos, entre tantos outros é que se reconhecem os códigos culturais de uma cidade. (Costa, 2011).
Aristóteles considerou a invenção da cidade pelo homem como grande fenômeno para seu próprio desenvolvimento enquanto cidadão, mas, Costa (2000, p. 79) afirma que as cidades do século XXI se transformaram de “espaço de convívio em espaço de luta e competição acirrada pela sobrevivência”.
A conjunção entre Museologia e Patrimônio deve analisar as transformações