Patrimonialismo
Patrimonialismo
O patrimonialismo - ausência de distinções exatas entre o que é público e o que é privado - representa uma das facetas mais nocivas e despóticas do Estado que, abusando do seu monopólio da força, estende-o a outras áreas, fazendo abuso do seu poder econômico.
Exemplos disso nos dias atuais são óbvios, a ponto de estarem arraigados em nossa cultura. Financiamentos estatais a artistas celebrados, ao oferecimento de assistencialismo puramente eleitoreiro, são casos nítidos do uso do poder econômico do Estado para atender aos interesses privados do grupo que o Governa - o patrimonialismo.
O patrimonialismo destoa da República, posto num Regime Republicano a "coisa pública” deve ser tratada dentro de postulados de legalidade. Já o patrimonialismo é exatamente a negação da República: é o uso da "res publica" para fins meramente privados.
Como modelo, podemos observar quando o Governo Federal anunciou neste ano o corte de anúncios da União e de Estatais na Revista Veja por divergência ideológica. Além da questão do Governo Federal, o Governo Estadual faz o mesmo: coloca anúncios apenas nos jornais que lhe agrada, o que é uma forma de patrimonialismo. Blogs progressistas, devidamente nutridos com dinheiro público, clamaram que a "punição" dada à Veja atingisse a Globo também.
O patrimonialismo no jornalismo também se mostra em outra forma: a grande quantidade de emissoras de rádio e TV pertencentes a políticos. Obviamente, eles fazem uma orgia completa entre "o público" e "o privado" com tais emissoras e com o Governo.