Patrimonialismo
Baseado no texto O Patrimonialismo em Faoro e Weber e a Sociologia Brasileira publicado em 2003 na Revista Dados, por Rubens Goyatá Campante, propõe-se um paralelo entre os conceitos de classe social e estamento, a partir da concepção de Max Weber.
Para Weber, as classificações que ocorrem na sociedade (classes, estamentos, castas) são consequências da distribuição de poder; para ele tudo é influenciado pelo poder, principalmente o poder econômico.
Estamento é um termo de origem alemã, que se referia basicamente à hierarquia e classe social mais elevada e passa a ser empregado por Weber (no plural) para se referir a qualquer grupo social, cuja característica principal é a consciência do sentido de pertencimento ao grupo, que conforme esclarece a vídeo aula do professor Antônio Marcelo Jackson, é definida pelos critérios de honra e tradição. Através de valores considerados corretos por um grupo em caráter já pré-estabelecidos, classificam se os estamentos.
Classe, para Weber, é o conjunto de pessoas que tem a mesma posição diante do mercado. Há, porém, três requisitos necessários para classificar uma pessoa segundo a classe social, conforme veremos a seguir:
1) Renda – a renda econômica que o indivíduo possui.
2) Consumo – o interesse que o indivíduo pela oferta de bens e serviços disponíveis.
3) A condição de consumo – quais as reais condições do indivíduo para consumir os bens oferecidos.
Portanto, uma pessoa só se classifica em uma determinada classe social se ela se encontra necessariamente de forma idêntica ou semelhante nos três parâmetros anteriormente citados. As classes, como se pode perceber, estão ligadas à esfera econômica da vida social.
As classes sociais se estratificam de acordo com suas relações com a produção e aquisição de bens de consumo, enquanto os estamentos se estratificam de acordo com os princípios de honra e tradição,