patologias
Cuidados com o planejamento e execução do cimbramento evitam que lajes e vigas trabalhem precocemente e tenham sua resistência prejudicada
Renato Faria
Edição 115 - Novembro/2006
Link: http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/115/artigo286353-1.aspx
Para a execução de uma estrutura de concreto saudável, o construtor precisa ter uma preocupação especial com o projeto de escoramento e reescoramento das lajes e vigas de seus edifícios. Esses elementos estruturais recebem, em idades precoces, solicitações importantes decorrentes do peso próprio e de outras cargas. A divisão justa desse carregamento permite evitar patologias na estrutura e na alvenaria, e é obtida com dimensionamento e distribuição corretos do número de escoras e com um planejamento correto do transporte dessas peças.
Quando uma laje ou uma viga é concretada, é necessária uma ajuda enquanto o concreto não atinge resistência mínima para a qual a estrutura foi projetada. Por isso, destacam-se, por algumas semanas, apoios
para
que
a
carga
da
estrutura
seja
ponderadamente distribuída entre os pavimentos. Há diversos tipos de apoios: torres, mesas voadoras metálicas ou escoras - feitas em madeira ou metal (ver quadro
Sistemas de Escoramento). Reescoras são as escoras que continuam sustentando a estrutura até a cura completa do concreto.
Essa, aliás, parece uma terminologia pouco precisa. Segundo Maurício Bianchi, diretor técnico da
BKO, a palavra reescoramento pode levar a crer que as novas escoras são posicionadas posteriormente ao escoramento da laje concretada. Trata-se de uma herança de como se realizava esse serviço na década de 1970. O projetista de fôrmas e escoramentos Paulo Assahi concorda: "O mais adequado é chamar de escoramento remanescente, já que são escoras que permanecem após o descimbramento da viga e laje", afirma. Ele acrescenta, ainda, que o procedimento mais indicado é que essas peças sejam posicionadas