Patologias
Manuela Andrade Ribeiro1
Marcos Jorge Almeida Santana2
Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar técnicas construtivas, de baixo custo e menor impacto ambiental, para serem utilizadas por populações de baixa renda em habitações autoconstruídas. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma revisão bibliográfica, selecionando as técnicas mais viáveis a essa população e mais adequadas ao clima tropical úmido, focado no espaço urbano. Algumas possibilidades que promovem um maior aproveitamento dos recursos naturais, como, iluminação natural, ventilação cruzada, aproveitamento de água das chuvas, sombreamento, aquecimento de água do banho com energia solar e tintas produzidas a base de pigmentos naturais, são expostas como alternativas para agregar mais conforto e bem estar sem demandar muitos recursos financeiros. A adoção de equipes técnicas nas comunidades vem como sugestão para tornar as habitações autoconstruídas mais confortáveis dentro do possível visando à sustentabilidade.
Palavras-chave: Autoconstrução; Técnicas Construtivas; Sustentabilidade.
1.
Introdução:
De acordo com leituras em diversos autores, entre eles, Moraes (2008), Santana (1987) e
Spannenberg (2006), o problema da habitação de interesse social tem merecido, ao longo das últimas décadas, uma crescente preocupação por parte de todos os agentes envolvidos no seu processo de produção. O déficit habitacional brasileiro continua em números alarmantes e a autoconstrução vem ocupando parte do espaço urbano. A autoconstrução tem sido a alternativa viável para a população de baixa renda, excluída dos programas habitacionais de mercado, que em moldes capitalistas não atendem essa camada populacional.
Esta preocupação abrange aspectos como qualidade, quantidade, custos e também o aspecto ambiental que atualmente passou a fazer parte do escopo quando se trata de produção de habitação de interesse social.
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