patologia
MATERIAL: FÍGADO
COLORAÇÃO: HE
A ingestão crônica de álcool, desnutrição crônica, intoxicação e defeitos bioquímicos que envolvem o metabolismo e o catabolismo de lipídios e lipoproteínas podem acarretar problemas no transporte e deposição destes componentes celulares, causando seu acúmulo em glóbulos macrovesiculares nos hepatócitos. Os glóbulos são claros e podem coalescer, comprimindo e deslocando o núcleo para a periferia da célula. Em torno das veias hepáticas terminais pode ocorrer fibrose, estendendo-se para os sinusoides adjacentes. Há tumefação e necrose dos hepatócitos, presença de corpos de Mallory e reação neutrofílica. Macroscopicamente, o fígado fica grande, macio, amarelo e gorduroso. Dietas ricas em triglicerídios e anemias também são causas de esteatose hepática. É uma alteração degenerativa reversível, e algumas etiopatogenias são as seguintes:
● Alcoolismo: com a degradação do álcool no fígado, H+ é produzido. Este se liga ao NAD+ formando NADH, sendo que a diminuição dos níveis de NAD+ inibem o ciclo de Krebs. Com essa inibição, o acetil-CoA acumulado é desviado para a síntese de ácidos graxos, depostos nos hepatócitos.
● Toxinas: substâncias como o CCl4 atacam as membranas do retículo endoplasmático rugoso dispersando os ribossomos e inibindo a síntese de proteínas nos hepatócitos. Sem produção de VLDL, triglicérides não podem ser empacotados e se acumulam.
● Desnutrição crônica: assim como em intoxicações, a deficiência na síntese de proteínas impede o transporte de triglicérides, acumulando-os.
O tipo de biópsia ideal para identificação de esteatose hepática é a biópsia por congelação, impedindo que solventes de lipídios usados em outros métodos dissolvam o conteúdo dos vacúolos celulares, permitindo melhor visualização destes. Os corantes especiais usados neste caso são o Red Oil ou o Sudan IV.
RELATÓRIO N° 2 – DEGENERAÇÃO HIDRÓPICA DO FÍGADO
MATERIAL: FÍGADO
COLORAÇÃO: HE
Toxinas,