Patologia das alvenarias
A evolução tecnológica do concreto armado proporcionou um considerável aumento da flexibilidade das estruturas, exigindo dos calculistas mais cuidados na análise das deformações e suas consequências. Os principais fatores de influência da evolução tecnológica, são: - fabricação de aços mais elásticos (maior limite de elasticidade); - produção de novos cimentos; - refinamento dos cálculos estruturais. Apesar de existirem casos, são raras as situações de patologias causadas por deformação de estruturas submetidas à compressão. Os casos mais comuns são de estruturas em regime de flexão causada tanto pelo peso próprio, como pela ação de sobrecargas permanentes ou acidentais. Na situação de flexão, admiti-se um limite para as flechas, cujo o esforço pode ser absorvido pelas alvenarias ou outros elementos do sistema estrutural. Ultrapassar os limites pode significar prejuízos para a estrutura, paredes ou outros elementos do edifício. A Norma NBR 6118 (antiga NB1) determina, na alínea C item 4.2.3.1, os seguintes limites máximos de flechas para vigas e lajes: a) “ as flechas medidas a partir do plano que contém os apoios, quando atuarem todas as ações, não ultrapassarão 1/300 do vão teórico, exceto no caso de balanços para os quais não ultrapassarão 1/500 do seu vão teórico”; b) “ o deslocamento causado pelas cargas acidentais não será superior a 1/500 do vão teórico e 1/250 do comprimento teórico dos balanços”. Considerando que não existe consenso sobre a exatidão dos valores limites de flechas admissíveis pelas alvenarias apoiadas em vigas ou lajes, deve-se ter em conta uma avaliação cada vez mais criteriosa do que o apenas atendimento aos critérios de segurança. Assim, devem ser tomadas providencias de cálculo para: - verificação das flechas no regime elástico; - verificação de fissuração; - verificação da