PATATIVA DO ASSARÉ E DURVAL MUNIZ

UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE
CURSO LETRAS PORTUGUÊS – IV PERIÓDO
DOCENTE: GENIVALDO
DISCENTE: KIARIA ARLINDA ALVES DOS SANTOS

LITERATURA NORDESTINA

PETROLINA-PE
2012

Diálogo de Patativa do Assaré e Durval Muniz

Acredito que sim, embora haja vivências e olhares diferentes, ambos relatam afetividade pelo Nordeste, Durval Muniz e Patativa do Assaré retratam os preconceitos contra a origem geográfica, desenvolvimento, sobretudo intelectual da população, descaso político do Nordeste.

Durval Muniz “historiador-filho-de-pai-nordestino-e-mãe-paulista”, realizou um trabalho de pesquisa para retratar o encontro entre “o Nordeste e São Paulo”, ele destrói o antigo Nordeste e o recria livre das heranças do passado, sem estigmas, sem preconceitos, para ser um lugar de modernidade com novas potencialidades. Como cita em seu livro A INVENÇÃO DO NORDESTE E OUTRAS ARTES (2009, p. 352).

Temos de começar por destruir o Nordeste e o nordestino, assim com o Sul e o sulista, como estas abstrações preconceituosas e estereotipadas, buscando conhecer as diversidades construtivas de cada área e de cada parcela da população nacional e, o mais importante, nos preparando para suportar a diferença, para respeitá-la.

Patativa do Assaré que foi socialista tinha distinção do espaço urbano e rural do qual optou o rural, ele trás um Nordeste a parti de sua vivência na cidade Assaré no Ceará, em seu ambiente Patativa do Assaré retrata um Nordeste que não sofre só com fatores climáticos, relata injustiças, fome, pobreza, latifundiários, descaso político, porém fala de sua região com afetividade que lhe serviu de inspiração ele dizia que “Vivo dentro do sertão e ele dentro de mim’’, tinha admiração pelo povo menos favorecido pela sociedade e a sua região.

Por meio de cantoria, improvisações e livros que foram publicados graças ao financiamento de José Arraes de Alencar, Patativa do Assaré nos deixa uma riquíssima