Patamo, o segredo da tropa
Luiz filipe Barcelos/UnB agência
os seGRedos
da tRopa
Socióloga acompanha curso da Patamo para entender como agem os policiais lotados em batalhões especiais
a
joão paulo vicente
repórter · revista darcy
orgulho da farda: treinamento extenuante incentiva consciência de grupo na companhia de elite
lém de quebrar recordes de pirataria e bilheteria, Tropa de Elite, de 2007, despertou a atenção de muitos para os batalhões especiais de polícia. a socióloga Priscila aurora foi uma das pessoas que não ficou imune ao fascínio provocado pelos militares que se vestem de preto e chegam para resolver. em vez de repetir as frases de efeito do filme, no entanto, ela decidiu pesquisar o que, afinal de contas, tornava-os tão diferentes dos policias normais. dois anos depois, em 2009, Priscila entrou nesse mundo. ela estava no começo do mestrado em Sociologia na UnB e viu no 5º Curso Patrulhamento Tático móvel (Patamo) a oportunidade de acompanhar a formação de um grupo de policiais especializados. Criada em 1987, a Patamo é uma companhia de ação repressiva de pronto emprego. a Polícia militar funciona com níveis de resposta a situações de risco, e a Patamo está abaixo apenas da Companhia de operações especiais (Coe). Com um efetivo que gira em torno de 150 militares, a companhia age em casos de sequestro, assaltos a banco, escolta de bens e autoridades, etc. apesar da sua função indicar que se trata de um grupo que ficaria aquartelado, à espera do chamado, o comandante da companhia, Capitão Luiz ramos, afirma que é comum os policiais da companhia saírem em rondas. Na época do curso, a Patamo era uma das quatro companhias que compunham o Batalhão de operações especiais (Bope) do df, junto com o Coe, a Companhia de Policiamento de Choque e a Companhia de Policiamento
com Cães. desde julho do ano passado, no entanto, a Patamo não faz mais parte do Bope, agora limitado ao Coe. ela foi incorporada ao recém-criado Batalhão de Polícia de Choque que,