pasárgada x eu só quero é ser feliz
Após ler o texto Notas sobre a história jurídico-social de Pasárgada e escutar a música Eu só quero é ser feliz , pudemos perceber diversas semelhanças em sua temática. A seguir algumas relações encontradas entre o texto e a música serão apresentadas:
Diversas são as partes da letra da música que fazem referência ao medo que os moradores passam devido à violência cotidiana vivenciada no local:
“Minha cara autoridade, eu já não sei o que fazer,
Com tanta violência eu sinto medo de viver.”
“A tristeza e alegria aqui caminham lado a lado.
Eu faço uma oração para uma santa protetora,
Mas sou interrompido à tiros de metralhadora.”
No texto de Boaventura de Souza Santos, a violência é analisada como um fator que sofreu um considerável aumento desde a origem de Pasárgada devido à indisponibilidade de mecanismos de ordenação e controle social do sistema jurídico brasileiro (Polícia e Tribunais), e também à inexistência de mecanismos alternativos que exercessem funções semelhantes aos oficiais.
Assim como o Boaventura faz em seu texto a música também critica em um de seus refrãos a incompetência do atendimento policial para a resolução de problemas e conflitos oriundos da comunidade:
“Já não aguento mais essa onda de violência,
Só peço a autoridade um pouco mais de competência.”
No entanto em seu texto Souza Santos , diferente do que acontece na música, procura analisar todos os fatores que contribuem para a dificuldade da atuação da polícia em locais como Pasárgada:
- A não existência de delegacias no local.
- A desconfiança que a população da favela tem quanto a este órgão.
- A aversão e o medo que os moradores sentem diante das repressivas incursões que a polícia faz a procura de criminosos e traficantes. Há casos nos quais pessoas inocentes acabam sendo mortas injustamente.
- A auto-repressão que os próprios moradores sofrem dentro da favela caso ousem chamar a polícia para