Partes da missa
A nossa refeição sempre reúne em torno da mesa pessoas que se querem bem - é um momento de partilha, de confraternização, de amizade.
Há dois mil anos também era assim. E foi uma ceia que Jesus escolheu para reunir Seus apóstolos durante a Páscoa do ano de Sua morte. Com certeza Jesus queria um ambiente de confraternização e cordialidade para esse encontro que, só Ele sabia, seria o último a reunir o grupo todo.
Normalmente, aquela ceia seguiria o ritual das ceias cultuais judaicas. No início o hospedeiro tomava um pedaço de pão, erguia um palmo acima da mesa e dizia uma breve oração antes de dividir o pão com todos. E na Páscoa, para assegurar as graças divinas, a ceia incluía o sacrifício de um cordeiro.
Mas, dessa vez, no início Jesus tomou o pão, partiu e, no lugar da oração convencional, disse “Tomai, comei. Isto é o Meu Corpo que será entregue por vós”.
Pronunciando aquelas palavras, Jesus Se colocava no lugar do cordeiro sacrificado habitualmente e os pedaços do pão que distribuía eram o Seu corpo - que brevemente, pelo sacrifício na cruz, seria entregue para a salvação de toda a humanidade.
No fim da ceia Jesus tomou o cálice de vinho e o abençoou dizendo “Bebei dele todos; porque isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança, derramado em favor de muitos para remissão de pecados”.
Ao dizer Nova Aliança (o mesmo que Novo Testamento), Jesus quis demonstrar que não valia mais a Antiga Aliança (ou Antigo Testamento) pela qual Deus havia escolhido apenas Israel para ser o Seu povo. A Nova Aliança estabelecia uma nova relação entre Deus e os homens. Com ela, não apenas Israel mas todos os povos seriam chamados a ser filhos de Deus.
E, para deixar esta mudança marcada no coração dos homens de uma forma especial, Jesus terminou dizendo “Fazei isto em memória de mim”.
Assim foi instituído o sacramento da