Parnasianismo
O parnasianismo foi um movimento literário que surgiu na França, na metade do século XIX e se desenvolveu na literatura européia, chegando então até ao Brasil. Esta escola literária foi uma oposição ao Realismo e Naturalismo, opondo-se à prosa, já que foi um movimento essencialmente poético. É na convergência de ideais anti-românticos, como a “objetividade” no trato dos temas e o culto da forma, que se situa a poética do Parnasianismo. O movimento também representou a valorização da ciência e do positivismo. O nome da escola veio de Paris e deriva do termo “Parnaso”, que na mitologia grega era o monte do deus Apolo e das musas da poesia. Remontava a coletânea publicada a partir de 1866, sob o título de Parnasse Contemporain, que incluía poemas de Gautier, Banville e Leconte de Lisle. Seus traços de relevo: o gosto da descrição nítida (a mimese pela mimese), concepções tradicionalistas sobre metro, ritmo e rima e o ideal da “impessoalidade” que partilhavam com os realistas da época. Após Teófilo Dias, cujas Fanfarras, de 1882 pode-se chamar de primeiro livro parnasiano brasileiro, a corrente terá mestres seguros em Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Olavo Bilac e Francisca Júlia. Sendo renovada pelo forte lirismo de Vicente de Carvalho. Surgindo posteriormente uma geração chamada de neoparnasianos. Perdurando até a segunda década do século XX, o Parnasianismo teve força até o movimento modernista (Semana de Arte Moderna de 1922). Sendo os neoparnasianos representados por: José Albano, Goulart de Andrade, Martins Fontes, Hermes Fontes, Moacir de Almeida, Amadeu Amaral dentre outros.
Alberto de Oliveira
Alberto de oliveira (RJ, 1859-1937), estreou seu longo roteiro de poesias parecendo um romântico retardatário. Embora em seu segundo livro, já se afirmasse o “culto a forma”, com que ele próprio definiria a natureza do Parnaso, a nota intimista de sua estréia prova que não foi possível, nem ao primeiro dos mestres