PARNASIANISMO - CONCEITO EPOQUE BELLE
Origem: França
A poesia que segue os princípios da estética realista chama-se parnasiana. O Parnasianismo recebe esse nome por causa de uma antologia, Parnasse Contemporain,publicada a partir de 1866, na França, essa incluía poema de T. Gautier, de Lecomte de Lisle e outros. Esses poemas revelavam gosto da descrição nítida, metrificação tradicional, preocupação formal e um ideal de impessoalidade.
Limites
Embora acompanhe cronologicamente a prosa realista, a poesia parnasiana apresenta dificuldades na definição de seu marco inicial. Há quem sugira a data de 1880, quando da publicação de Sonetos e Rimas de Luís Guimarães Júnior (1845/1898). Outros, no entanto, preferem assinalar a de 1882, quando Teófilo Dias publicou Fanfarras. Mas o movimento só se definiu realmente a partir de Sinfonias (1883) de Raimundo Correia, seguida de Meridionais (1884), de Alberto de Oliveira e de Poesias (1888) de Olavo Bilac. Quanto à data que marca o fim de seu domínio absoluto, parece não haver polêmicas: 1893, com a publicação de Missal e de Broquéis de Cruz e Souza é bastante aceita. Mas a morte do Parnasianismo não acontece, tanto que em declarações de Murilo Araújo na sua "Confidência de Poeta", diz: "E entreguei ao público "Carrilhões" no início do ano de 1917. Nesse tempo, escolhiam-se as letras do Brasil às palmatoadas do carrancismo e do atraso. O próprio Simbolismo quase desaparecera. Dominava na poesia um estéril e abominável parnasianismo." (Murilo Araújo - Meus Poemas Diletos - Edições de Ouro, RJ, 1967, pág. s/nº )
Características
"Arte pela arte", forma rigorosa e clássica;
Cuidado formal através de verso bem ritmado;
Efeitos plásticos capazes de impressionar os sentidos;
Objetividade e positivismo filosófico;
Poesia descritiva, com preferência por incidentes históricos e fenômenos naturais, assim como pela pormenorização de objetos;
Preferência pelos versos graves, pelos alexandrinos e pelos sonetos;
Poesia formal, técnica,