O RIO SERIDÓ E O REGIONALISMO: AS REPRESENTAÇÕES E A ESTRUTURAÇÃO DE UMA IDENTIDADE SERIDOENSE
Uma análise historiográfica do Rio Seridó nas obras intelectuais relacionadas ao regionalismo, seja na perspectiva histórica, geográfica ou sociológica, é pautada pelo entendimento do contexto histórico em que se desenvolveu a ocupação do interior do Rio Grande do Norte, a então Capitania do Rio Grande, como era denominada na época, bem como o entendimento do seu regionalismoi, que emergiu depois da solidificação do processo de ocupação colonial interiorana; sentimento esse caracterizado pelos seus aspectos de representações e relações de pertencimento e identidade. A escolha do tema foi feita de maneira a contemplar múltiplas perspectivas. Nesse sentido, foram selecionadas várias leituras, sobretudo os seguintes autores e suas obras: o historiador Muirakytanii, com seu trabalho “A Penúltima Versão do Seridó”, e a geógrafa Ioneiii, com sua obra “Seridó norte-rio-grandense”. No entanto, o presente artigo visa somente realizar uma síntese do regionalismo no Seridó e seu contexto, bem como trabalhar o momento anterior e simultâneo à ocupação em seus espaços, ponto de início, para a historiografia ligada ao tema. Trabalharemos o Rio Seridó como um “objeto’’ em um “cenário’’ de conflito – tendo em vista que a ocupação se deu de forma concomitante a “Guerra dos Bárbaros’’ – tentaremos esclarecer quais foram os meios utilizados pela historiografia para a explicação de suas idéias, ou seja, abordaremos o contexto histórico anterior, que possibilitou a construção de suas múltiplas perspectivas, sobretudo o entendimento do regionalismo seridoense a partir do rio que carrega seu nome.
Palavras-chaves: Urbanização, Rio Seridó, Guerra dos Bárbaros.
O regionalismo possui vários aspectos e características. As múltiplas possibilidades de se entender um regionalismo resultam em diferentes perspectivas, principalmente no que se refere aos instrumentos de coesão, ou seja,