Parmênides e Heráclito
Parmênides de Eleia, era um filosofo pré-socrático, que começa a se diferenciar dos outros filósofos que estudavam a natureza, tendo sua arqué focada no “ser”. Um de seus princípios era o da identidade “O ser é, e o não-ser não é”, segundo ele nos temos dois tipos de conhecimento, a via da verdade e a via da razão, a via da verdade era o que todas as coisas eram fixas, perfeitas e imutáveis e do da via da razão, eram as coisas que nós com o nosso logus percebíamos através de nossos sentidos. Parmênides acreditava que com os nossos sentidos nós só poderíamos criar opiniões e nós nunca conseguiríamos alcançar aos conhecimentos plenos simplesmente se prenderíamos nas coisas deste mundo. Para Parmênides tudo era estático, imutável.
Heráclito de Éfeso era um filosofo pré-socrático que defendia a ideia de que tudo se transforma, tudo muda, nada continua igual. E essa transformação que ele se refere, ele associou ao fogo, que destrói e também constrói, o fogo era a sua arqué. “Tudo ocorre”, dizia Heráclito, o princípio fundamental do mundo é o Devir, o movimento. A Natureza não é estática, mas sim um “fluxo perpétuo”. “Não podemos entrar duas vezes no mesmo rio, pois como as águas que correm, nos mesmos já somos outro”. Heráclito explica o mundo pelo desenvolvimento de uma natureza comum a todas as coisas e em eterno movimento.
As teses contrarias de Heráclito e Parmênides, fazem com que Platão ilustre o Mito da Caverna para tentar conciliar as duas visões diferentes. Platão desenvolveu a noção de que o homem está em contato com dois tipos de realidade: a inteligível e a sensível. A primeira é a realidade imutável, igual a si mesmo, de Parmênides. A segunda são todas as coisas que nos afetam os sentidos, são realidades dependentes, mutáveis e são