Parlasul
(Ref: Mariano, 2011)
I. Introdução:
Destaque os pressupostos apresentados pela autora, as conseqüências do “intergovernametalismo” e o debate sobre “o significado do aprofundamento”;
A autora, para discutir sobre aspectos gerais sobre os parlamentares no Mercosul e qual é o seu papel desses parlamentares para o processo de integração, admite dois pressupostos. O primeiro deles trata de que, para a autora, não há nenhum governo do Mercosul que esteja interessado em retroceder o processo de integração do estágio que ele se encontra. Isso pode ser observado pelos discursos e tomadas de decisão que convergem em favor do processo de integração, apesar de todos os problemas que o Mercosul enfrenta para se consolidar. O segundo pressuposto diz respeito que apesar do interesse no processo de integração e seu aprofundamento, a lógica institucional do Mercosul continua intergovernamental e não tem ocorrido intenções dos negociadores para dar mais autonomia ao Mercosul. Esse intergovernamentalismo presente no Mercosul atrasa o aprofundamento e importância do bloco. O processo fica preso aos interesses dos governos e, assim, mais suscetíveis a eventuais mudanças, tornando o processo instável (MARIANO, p. 139). Não é certo que a supranacionalidade vai garantir o aprofundamento e a consolidação de um processo de integração, mas que ela ajuda no processo de legitimação do bloco, além de trazer um reconhecimento ao bloco, tornando-o mais estável em relação a mudança dos governos. Os defensores de um aprofundamento afirmam que esse cenário, onde os interesses nacionais se sobrepõem aos do bloco (principalmente em momentos de tensão interna), tende a centralizar demasiadamente as decisões, ao mesmo tempo que tornam-as mais demoradas (p. 139). Já os defensores do intergovernamentalismo, afirmam que essa mudança estrutural causaria uma maior burocratização, que o bloco, no seu atual estado, não poderia