Comercio internacional e blocos economicos
O Brasil, tendo como exemplo sua participação no MERCOSUL, faz parte de um bloco que tem como integração econômica União Aduaneira.
Segundo texto publicado em 25 de março de 2011, no site Rede Brasil Atual, o Mercosul continua a ter debates acalorados em torno das questões econômicas, mesmo com o comércio tendo crescido cerca de 860%, ou nove vezes, em duas décadas, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nascido no momento em que a América do Sul experimentava o avanço das ideias neoliberais, o bloco mudou de cara. Deixou de ser meramente comercial e cresceu em escala, mas ainda é alvo de intensas discussões.
Surgiram problemas como protecionismo excessivo, desacordos acerca da união aduaneira e das tarifas comuns. Porém, para alguns especialistas, esses são sinais normais dentro de qualquer bloco econômico. Um dos que defende essa posição é Fernando Sarti, professor de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
"São normais os contenciosos comerciais que apareceram, sobretudo em momentos de crise econômica em determinado país. Então, mesmo olhando sob esse ponto de vista, mostra que não foi sempre esse céu de brigadeiro. Mas eu diria que, do ponto de vista comercial, é um processo exitoso". Para o professor, 20 anos para formação e consolidação de um bloco é um período curto. Ele cita o Tratado de Roma, marco fundador da União Europeia, que já tem mais de 50 anos e ainda sofre com períodos de crise nas negociações.
Para Sarti, o Mercosul proporcionou um salto importante na credibilidade e na estrutura produtiva da região.
Antonio Simões, subsecretário-geral da América do Sul do Itamaraty, acredita que em 20 anos o Mercosul alcançou um