A Inglaterra pode ser considerada o berço do governo representativo. Após uma fase inicial de grande prestígio, o Parlamento, que também sofreu as consequências da instalação do absolutismo, foi perdendo a autoridade, levando vários séculos para poder impor ao monarca suas decisões, o que só iria conseguir no século XVIII. Mas somente no final do século XVIII, como consequência de intensas lutas políticas, familiares e religiosas, iria desencadear-se o processo que determinou a criação do parlamentarismo. A Revolução Inglesa que em 1688 o parlamento se impõe somo a maior força política e altera inclusive a linha de sucessão. Em 1714 o ministro Roberto Walpole teve importância fundamental com a redução da participação e da autoridade do monarca nas decisões políticas, ficasse claramente delineado um dos pontos básicos do parlamentarismo: a distinção entre o Chefe do Estado, que passou a ser o Primeiro-Ministro e o Chefe de Governo. O chefe de Estado monarca ou Presidente da república, não participa das decisões políticas exercendo preponderantemente uma função de representação do Estado. É inegável, que o Chefe de Estado é uma figura importante, pois além das funções de representação e além de atuar como vinculo moral do Estado, colocado acima das disputas políticas, ele desempenha um papel de especial relevância nos momentos de crise, quando é necessário indicar um novo Primeiro-Ministro a aprovação do parlamento. O chefe de governo, por sua vez, é a figura política central do parlamentarismo, pois é ele que exerce o poder executivo, sendo assim o Chefe de Governo é apontado pelo Chefe de Estado para compor o governo e só se torna Primeiro-Ministro depois de obter a aprovação do Parlamento. Além disso, ainda mais um passo seria dado, quando o parlamento, sentindo-se forte, começou a pressionar os ministros a se demitirem, quando discordavam de sua política. De início foi utilizado o impeachment para afastar os ministros indesejáveis. Nasceu, assim a