Paraty. Arquitetura, linguagem e cultura.
Podemos notar em Paraty, todo o clima nostálgico do “Brasil- Colônia”, através das fachadas dos casarões, alinhados pela frente das ruas e dos seus telhados em duas águas, das suas telhas de porcelana portuguesa, pintadas a mão, das ruas tortuosas, do calçamento pé de moleque, enfim, é uma das muitas riquezas do nosso país.
Além de toda a história que essa cidade carrega, podemos citar ainda, muitas outras curiosidades, como por exemplo, que Paraty foi a primeira cidade brasileira nascida no papel, a primeira a ter um projeto arquitetônico.
Que a maçonaria teve muita importância no urbanismo da cidade e na sua formação arquitetônica, exemplo disso são todas as ruas traçadas do nascente ao poente e do norte para o sul. Ainda é possível encontrar nas fachadas dos sobrados desenhos geométricos em relevo, arte influenciada pela maçonaria. Os três cunhais de pedras nas esquinas, como se fossem as bases das colunas maçônicas, formando alegoricamente um triângulo.
Que as cores azuis e brancas que predominam nas portas e janelas de muitas casas, também fazem parte desta simbologia, dentre muitas outras.
Outra curiosidade é o “curso das ruas”. Essas foram feitas com uma leve curvatura para evitar o vento encanado (fato considerado um transmissor de doenças, naquela época). Esse cuidado se deu devido às epidemias de cólera e febre amarela que ocorriam em algumas partes do Brasil.
Como naquela época não existia rede de esgoto, as ruas foram projetas com uma depressão ao meio fio, de forma a escoar água da chuva e permitir a invasão de marés mais altas. A permissão da entrada do mar pelas ruas era uma forma natural de manter a cidade limpa