Parasito apostila
M4 – 2011.2
Mariana Tanaka
Qualquer pessoa chamará de “parasita” a um individuo que viva a custa de outro, ou da sociedade a que pertencem. Muitos pensam a mesma coisa dos microrganismos e animais parasitos, mesmo quando não se lhes possa atribuir responsabilidade consciente e moral por esse tipo de comportamento.
De fato os parasitos dependem de outros seres vivos, eventualmente dos seres humanos, que se tornaram seus hospedeiros, involuntariamente.
O parasitismo representa a forma de associação mais estreita e profunda, pois estabelece entre os indivíduos de duas espécies diferentes um contato intimo e duradouro, em nível histológico. Na maioria dos casos, o hospedeiro passa a constituir o meio ecológico onde vive o parasito.
Além disso, criam-se entre eles laços de dependência metabólica, ficando o metabolismo do parasito vinculado ao de seu hospedeiro. O parasito nesse caso retira do animal parasitado, todos ou grande parte dos materiais de que necessita. Os parasitos externos – ectoparasitos – podem obter o oxigênio diretamente do meio exterior, enquanto que os internos – endoparasitos – dependem totalmente de seus hospedeiros como fonte nutritiva.
O parasitismo é então uma relação ecológica, desenvolvida entre indivíduos de espécies diferentes, em que se observa, além de associação íntima e duradoura, uma dependência metabólica de grau variável, e pode ser uma condição temporária ou permanente.
Há parasitos que necessitam de um só hospedeiro para completar seu ciclo vital. Ao passar de um hospedeiro a outro, repetem sempre exatamente a mesma ordem de eventos fisiológicos. Esse tipo de ciclo é chamado de monoxeno. No ciclo heteroxeno o parasito só completa seu desenvolvimento passando sucessivamente e sempre na mesma ordem por dois ou mais hospedeiros. Os primeiros hospedeiros, onde crescem e se diferenciam as fases larvárias do parasito são considerados hospedeiros intermediários (vetores), enquanto os últimos, onde se desenvolvem e