parasitoses intestinais
As parasitoses intestinais ou enteroparasitoses, decorrentes de protozoários e/ou helmintos, representam um grave problema de saúde pública particularmente nos países subdesenvolvidos onde se apresentam bastante disseminadas e com alta prevalência, decorrente das más condições de vida. As infecções por helmintos e enteroprotozoários estão entre os mais frequentes agravos infecciosos do mundo. A cada ano acontecem cerca de 65000 óbitos decorrentes das infecções por ancilostomídeos, 60000 associados ás infecções por Ascaris lumbricoides e 70000 em razão das formas invasivas de infecção pela Entamoeba Histolytica (WHO, 2000). As enteroparasitoses podem afetar o equilibrio nutricional, que interfere na absorção de nutrientes, induzindo sangramento intestinal, reduzindo a ingestão alimentar, podendo também causar complicações significativas, como obstrução intestinal e prolapso retal. A prevalência dessas parasitoses está intimamente ligada às condições sócio-ambientais em que o indivíduo vive, principalmente as condições de alimentação, de abastecimento de água e de destinação do esgoto e do lixo. Infecções causadas por parasitas intestinais são, sem dúvida, das doenças mais comuns e mais negligenciadas, afetando mais de 30% da população mundial (UNICEF, 1998).
ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS
A contaminação humana por enteroparasitos é uma ocorrência de milhares de anos. A análise paleoparasitológica com múmias humanas tem confirmado o quanto o parasitismo humano é antigo. Pesquisas feitas na América do Sul em estudos arqueológicos têm demonstrado a presença de ancilostomídeos, Ascaris lumbricoides (A.lumbricoides), Tricuris trichiura (T.trichiura), Enterobius vermicularis (E. vermicularis), Entamoeba spp (E. spp), Giardia duodenalis, (G.duodenalis), Cryptosporidium parvum (C. parvum) dentre outros, em coprolitos e em outros materiais orgânicos. As parasitoses intestinais representam um problema de saúde pública no Brasil, assim como em