Paralisia Cerebral Tetraplégica
Segundo Bobath (1990), a paralisia cerebral é definida como “uma desordem do movimento e da postura devida a um defeito ou lesão do cérebro imaturo”. A lesão cerebral não é progressiva e provoca debilitação variável na coordenação da ação muscular, com resultante incapacidade da criança em manter posturas e realizar movimentos normais. Esta deficiência motora central está frequentemente associada a problemas da fala, visão e audição, com vários tipos de distúrbios da percepção, um certo grau de retardo mental e/ou epilepsia.
A classificação da paralisia cerebral é realizada de acordo com três fatores: tônus postural, tipo de alteração de inervação recíproca e a distribuição da condição.
A quadriplegia é definida como o envolvimento de todo o corpo, sendo as partes superiores mais envolvidas ou do que, ou pelo menos tão envolvidas quanto, as partes inferiores. A distribuição é geralmente assimétrica. Se a assimetria é muito acentuada, estas crianças são às vezes referidas como tendo “dupla hemiplegia”. Devido ao envolvimento maior das partes superiores, o controle da cabeça é deficiente, como também a coordenação dos olhos. As crianças frequentemente apresentam dificuldades de se alimentar, e algum envolvimento da fala e articulação. Muitos espásticos pertencem a este grupo; praticamente todas as crianças atetóides, os tipos mistos de espasticidade e atetose ou ataxia, e os casos de ataxia cerebelar.
Quadriplegia espástica
A criança espástica mostra hipertonia de um caráter permanente, mesmo em repouso. O grau de espasticidade varia com o estado geral da criança, isto é, sua excitabilidade e a força do estimulo ao qual ela é submetida a todo momento. A espasticidade é de distribuição típica e muda inicialmente de uma maneira previsível, devido à atividade tônica reflexa. Os movimentos são restringidos em amplitude e exigem esforço excessivo.
O reconhecimento precoce da quadriplegia espástica geralmente não é difícil.