Paradigmas
Texto: Paradigmas por John Naughton
Há 50 anos, A Estrutura das Revoluções Científicas foi um dos livros mais influentes do século 20, lançado pela editora da Universidade de Chicago, de Thomas Kuhn. O livro consiste em explicar o que seriam paradigmas científicos, tratado por Kuhn como um “breve rascunho”, mas que fora crucial para seu sucesso pela forma breve e legível com que fora tratado o assunto. Ele entendia que se alguém se interessasse em conhecer a ciência aristotélica, era primeiramente necessário compreender a forma intelectual de trabalho de Aristóteles, que por sua vez entendia que “movimento” era a mudança geral, não só de um corpo. O estudo que Kuhn apresenta em sua obra, nos mostra que a ciência em qualquer campo científico, se mostra em fases. A primeira delas seria a “ciência normal” que trata-se do compartilhamento entre pesquisadores da estrutura intelectual chmada “paradigma” ou “matriz disciplinar”. Ian Hacking define a ciência normal como a descoberta do que se espera descobrir. Quando o paradigma é questionado sobre sua eficácia e se acumulam diversos paradigmas por um longo período de tempo sem solucionar enigmas, substituem-se estes paradigmas deficientes por um novo, fazendo assim a ciência retornar ao seu ponto inicial com outra estrutura até a resolução esperada do enigma em questão. Pesquisadores que eram contrários à Kuhn, diziam que ciência não era feita com base em teorias e sim em dados comprovados e concretos. Kuhn revolucionou o modo de compreender a ciência, porém hoje, a ciência é baseada em experiências e resultados concretos e não apenas em teorias que só serão utilizadas para início de uma nova pesquisa.