Paradigmas
Modelos são verdadeiramente quebrados à medida que novas fórmulas são desenvolvidas e mostram resultados
"Quebrar paradigmas" tornou-se uma exigência no mundo dos negócios, dos esportes, da sociedade. O termo que até alguns anos atrás era mencionado casualmente hoje é corriqueiro para traduzir que estamos na era da mudança. O sistema deve mudar. As empresas dependem de mudanças para manter-se no mercado. Os profissionais precisam rever seus conceitos, criar novas formas de atuação e assim por diante. Quebrar paradigmas é romper modelos. Mas, apesar de todos os movimentos e manifestações nesse sentido, se analisarmos profundamente, o que vem acontecendo na maioria das vezes são apenas novas formas de fazer as mesmas coisas com resultados muito parecidos.
Para que um paradigma seja realmente quebrado é necessário que algo seja superado e o novo seja introduzido. É preciso questionar conceitos, regras, emoções, crenças e tudo isso deve começar individualmente para depois alcançar o coletivo. Não existe outro caminho. Ricardo Semler, fundador e presidente da Semco S/A, empresa do setor de serviços, maquinário e softwares e autor do livro Virando a própria mesa é um exemplo fascinante de quebra de paradigmas. Aos 21 anos, ao assumir a empresa de compressores do pai, ele implantou um sistema de gestão baseado na democracia total. Os funcionários passaram a fazer os próprios horários, discutir com os chefes a estratégia do negócio e tirar sonecas em redes instaladas na sede da empresa em São Paulo. Mas , ao contrário do que muitos temiam, a empresa não virou uma bagunça, nem foi à falência. Hoje fatura US$ 160 milhões, tem três mil empregados e vem registrando taxas médias de crescimento de 30% ao ano. Você conhece algum empresário com ousadia suficiente para adotar a mesma estratégia?
Recentemente me lembrei de uma experiência pessoal que evidencia uma outra forma de quebra de paradigma. Numa manhã tranqüila, eu corria numa bela praia no