Paradigmas de enfermagem
Define-se paradigma como o conjunto de elementos culturais, de conhecimentos e códigos teóricos, técnicos e metodológicos compartilhados pelos membros de uma comunidade científica. São três os paradigmas em que a enfermagem se tem inscrito no tempo: Categorização, Integração e Transformação. Estes paradigmas são localizáveis cronologicamente porque são representativos da época onde se inserem (ideologias, política social, organizações).Cada paradigma contém conjuntos de representações de ideias, valores e crenças de uma sociedade em determinada época - As Escolas de Pensamento. Dentro destas situam-se as Teorias, das quais os Modelos Teóricos pretendem ser representações práticas (e por isso mais perceptíveis do ponto de vista do real).No caso dos modelos teóricos de enfermagem, verifica-se que se apoiam em teorias sobretudo oriundas das ciências sociais e humanas, consideradas mais consentâneas com a especificidade da enfermagem (antropologia, psicologia, sociologia), orientam as práticas em enfermagem e servem de guia para a formação, investigação e gestão dos cuidados de enfermagem. Por diferentes que sejam os modelos conceptuais de enfermagem, todos têm em comum quer o facto de serem centrados na pessoa como sujeito dos cuidados numa perspectiva holística, embora só tardiamente se tenha introduzido este conceito, quer na acção do enfermeiro, quer ainda na relação entre este e a pessoa. Os conceitos de pessoa, ambiente, saúde e enfermagem são conceitos chave em todos os modelos (conceitos meta-paradigmáticos ou metaparadigmas da enfermagem). É a partir da forma como os enfermeiros experimentam estes conceitos e da relação entre eles que se clarifica o campo específico da Enfermagem, ou seja a forma como a enfermagem encara os fenómenos.
1.1 - PARADIGMA DA CATEGORIZAÇÃO (sec. XVIII – XIX)
Perspectiva os fenómenos de modo isolado, não inseridos no seu contexto. Entende-os por isso dotados de propriedades definidas e mensuráveis.