O amor - livro Laís
O amor é um oceano insondável, poucos se aventuram em desvendá-lo.
O amor é também uma atrativa armadilha – os que por ela são atraídos não conseguem mais se libertarem.
Se o amor fosse capaz de em palavras instituir-se seria talvez como uma dança a dois, onde o condutor é um expert e você em suas mãos se torna como uma pena que precipita de um avião.
Não quero limitá-lo às minhas definições, o Amor é grande mas pequeno demais que com um abraço se segura. Longínquo, mas perto do alcance do olhar; intangível, mas sentido em um aperto de mãos.
Escute e aprenda, o Amor não é coisa para ter não é objeto para se possuir, não é ursinho para com ele dormir. O amor jamais poderá ser possuído, pois o amor possui, ele se apodera de quem quer e não pode ser simplesmente domado por seu buscador.
Portanto, nunca devíeis dizer: Eu tenho amor. Mas sim, eu sou possuída pelo Amor.
O Amor se permite perder quando a batalha esta ganha.
O Amor sorri para o inimigo e o cumprimenta com o calor de irmãos.
No Amor não há transmissão de calor, mas se é desejoso em ser compartilhado, deve se tornar transbordável.
O Amor é a veemência da gratidão, não se consiste em fator, mas em efeito.
O Amor é a pessoa infinita de dias que não veio do ventre de mulher – nunca nasceu, sempre existiu.
Amar é conhecê-lo, é ter um encontro com sua existência. Não se enganem, homens de cálculos, o Amor não é caridade. Podes até ser o homem mais caridoso da terra, sem nunca ter encontrado o Amor. Tão pouco, pode-a fechar em uma caixinha chamada generosidade o imensurável Amor.
O Amor não é tido, Ele é que tem. Ousei perguntar-lhe: Quando ficarás satisfeito? Ele, belissimamente, me respondeu:
Comerei e estarei farto quando meu alimento for para outro alguém, seu alimento. Saciarei quando minha água servir de prazer para o sedento.
Estarei satisfeito quando minhas lágrimas arrancarem seu sorriso, quando minha dor te der alegria, quando meu sangue te trazer VIDA.
9 Características do