PARA A QUEST O JUDAICA
Karl Marx, 1ª ed. – São Paulo: Expressão Popular, 2009
“Os judeus alemães pretendem a emancipação. (...) a emancipação cívica, política.
(...) ninguém está politicamente emancipado... judeus, sois egoístas... teríeis de trabalhar pela emancipação política da Alemanha – como homens pela emancipação humana.... como exceção à regra, mas antes, como confirmação da regra.
Ou exigem os judeus equiparação aos súditos cristãos?” p. 39
“Pela sua essência, o Estado cristão não pode emancipar o judeu; ... o judeu não pode ser emancipado...
O Estado cristão... [pode apenas consentir] a separação do judeu relativamente aos demais súditos... o judeu se encontra em oposição a religião dominante. ... o judeu... só pode se comportar para com o Estado como um estrangeiro, ao contrapor à nacionalidade real a sua nacionalidade quimérica.” P. 40
“... vossa religião... é a inimiga mortal da religião do Estado. ... Na Alemanha não há nenhuns cidadãos de Estado. Como homens? Vós não sois homens nenhuns, tão pouco quanto aqueles para que apelais...
Como resolve por tanto Bauer a questão judaica? ... A formulação da pergunta é a solução. A crítica da questão judaica é a resposta a questão judaica. ...
Nós temos que nos emancipar a nós próprios primeiro, antes de poder emancipar aos outros.
A forma mais rígida da oposição entre o judeu e cristão é a oposição religiosa. Como se resolve uma oposição? ... Pelo fato de suprimir (aufheben) a religião. Assim que judeu e cristão só reconhecem as suas respetivas religiões como estágios de desenvolvimento diversos do espirito humano ... eles deixam de estar numa relação religiosa, mas apenas numa relação crítica, cientifica, numa relação humana. A ciência é então a unidade deles.” P.41
“... a emancipação relativamente à religião é posta como condição tanto ao judeu que quer ser emancipado politicamente quanto ao Estado que há de se emancipar e ser ele próprio emancipado.” P. 42
“Bauer exige, portando, por um