Para sempre clarice.
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Nascida em 10 de sezambro de 1920, na Ucrânia e falecida em 9 de dezembro de 1977, no Rio de Janeiro. Ela veio para o Brasil aos dois meses de idade, criou-se no Recife e mudou-se para o Rio de Janeiro aos doze anos. Formou-se em Direito e, aos dezessete anos, escreveu seu primeiro livro, o romance "Perto do Coração Selvagem".
Aproximar-se da escrita de Clarice não é uma tarefa simples. Escrita densa, que leva a sério o trabalho de perscrutar a alma humana e o mundo, o texto Clariceano convida o leitor à reflexão sobre o ordinário e o extraordinário na existência humana: o encontro com o outro, a linguagem quotidiana e os seus limites, Deus e os fundamentos do cosmos. Haia Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, uma pequena aldeia da Ucrânia. Devido à instabilidade política em seu país natal, o pai da pequena Haia havia decidido abandonar a sua terra, passando por vários países da Europa antes de chegar à América, o destino escolhido. A família Lispector, a bordo do navio Cuyabá, desembarca em Maceió em março de 1922 e, logo que chegam ao Brasil, adotam novos nomes, passando então a pequena Haia a se chamar Clarice, Clarice Lispector.
Clarice era solitária e tinha crises de insônia. Ligava para os amigos e dizia coisas perturbadoras. Imprevisível, era comum ser convida- da para jantar e ir embora antes de a comida ser servida.
É sabido que, quanto mais dissecado, mais inatingível se revela o mistério último das coisas. Que mistério tem Clarice? O olho violeta espeta como espada sem revelar a resposta. A pele alva de ucraniana, a boca pintada com batom cor de carne, um traço louro quase imperceptível nas sobrancelhas, o rosto anguloso desenhado a bico de pena, o corpo esguio de pantera, afinal, onde está o fundo da verdade angustiada de Clarice? Sensibilidade à flor da pele, tinha a aparência frágil de uma feiticeira assustada com os próprios poderes.
Clarice Lispector tinha o hábito de dormir cedo, acordar