Para os Corajosos
As grandes verdades da vida nos contam quando não temos maturidade suficiente para absorver a informação e levá-la a sério. Isso é um fato e é fácil provar. É só puxar da memória coisas que – normalmente os mais velhos – nos falavam e nunca levávamos em consideração. Na maioria das vezes são sobre as melhores fases da vida, e até hoje ainda não descobri qual delas é realmente a melhor. Houve quem disse que a infância, aquela onde ver desenho, brincar e fazer os temas eram as maiores das preocupações. E quem ligava? Houve quem disse que a adolescência, essa sim, era a melhor época: “rebeldia”, festinhas, amigos, amores que pensávamos que seriam para sempre (cada um deles) e escola. E quem aqui lembra dela com a convicção de ter aproveitado 100%? É nesse ponto que surge uma dúvida: levamos a vida como fases ou estamos sempre em busca de felicidade e realizações? Basta olhar para os lados e ver que a maioria das pessoas, independente do momento da vida que estejam, estão em busca do fazer melhor, de aproveitar tudo, mas parece que a certeza absoluta de que fizemos a coisa certa nunca aparece. O medo de ver a vida passar sem que tenhamos vivido tudo o que planejamos se torna cada vez mais real, principalmente quando alguma pessoa mais velha solta um “queria eu ter a tua idade e disposição com a cabeça que eu tenho hoje”. Ta aí uma prova concreta que a maturidade traz experiência ao mesmo tempo em que traz arrependimento. Mas não um arrependimento de ter feito a coisa errada, é um arrependimento de não ter feito tudo o que podia. Só. De não ter aproveitado, arriscado, ousado. Afinal, não há arrependimento maior do que aquele que atormenta a mente da gente por coisas que não fizemos. Ok, há aquela raiva ou pequeno tormento que surge se tu fez alguma coisa que considera errada (não entram na lista coisas que possam te levar preso ou qualquer coisa do tipo) ou perda de tempo, mas é só isso. Entendo