Paper - Filme "O destino"
Rejane Barreto.
História Medieval.
Análise sobre o filme “O Destino”.
“Eu realizo filmes, em primeiro lugar, por mim. Depois por minha família. Depois por Alexandria e, então, pelo Egito. E se o mundo árabe gostar deles, ahlam wa Sahlan (são bem-vindos). E se a audiência estrangeira gostar também, então será mais do que bem-vindos.”
(Youssef Chahine)
Uso do cinema em sala de aula: possibilidades e limites.
“O destino” é um filme dirigido pelo egípcio Youseff Chanine. Nascido no dia 25 de janeiro de 1926, Joe, como era chamado pelos mais íntimos, tinha sua nítida oposição ao islamismo, defendendo sempre que possível a liberdade de expressão, os direitos individuais e coletivos. Sua trajetória sempre se pautou por princípios de igualdades entre cristãos e muçulmanos.
Chanine estudou em Alexandria, cursando mais tarde cinema e arte dramática no EUA, produzindo seu primeiro filme aos 23 anos, em 1949, “Baba Amine”. Seus mais de 25 filmes1 produzidos lhes rendeu premiações, dentre as quais estão, no ano de 1970, o “Golden Tanit”(Grande Prêmio) diante do filme “The Choice”, sendo agraciado mais tarde, no ano de 1979, com o prêmio Urso de Prata, juntamente com a premiação do Juri do festival de Berlim, tendo como filme Alexandria...Why? , produzido até então no ano anterior.
Filho de mãe grega e pai Libanês, Chanine, na sua obra “O destino” (1997), constrói uma fábula contra a intolerância e o obscurantismo que atravessam a região na forma de dogmas religiosos, possíveis perseguições e morte. Filme do século XII, tendo como plano de fundo a Península Ibérica, a obra relata a história do conhecimento, da racionalidade, marcante na figura do lendário jurista de Andaluzia(termo dito devido a ocupação muçulmana na Península Ibérica) Averróis, diante da perseguição, intolerância, marcada primeiro com o tribunal da inquisição em Languedoc, França, e posteriormente em Andaluzia. O primeiro caso tem na figura da pessoa que está