Tela e tinta no filme frances
Tela e tinta no cinema de Jean-Pierre Jeunet
Patrick Diener1
ano XVII l n27 l 2012/1
Resumo:
O cineasta francês Jean-Pierre Jeunet, diretor de filmes como O
Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d’Amélie
Poulain) e Eterno Amor (Un long dimanche de fiançailles) admitiu em entrevistas ter sido influenciado pela estética do pintor catarinense, radicado em Paris, Juarez Machado. Entretanto o cineasta não aponta quais elementos visuais foram utilizados como inspiração para suas cenas. Esta dissertação tem como objetivo geral analisar quadros de Juarez Machado e filmes de Jean-Pierre Jeunet para apontar as características determinantes desta mencionada influência estética. Como objetivo específico o trabalho se propõe a exemplificar suas correlações e levantar características de movimentos artísticos que podem caber à ambas artes, cinema e pintura. O problema está em identificar as similaridades entre as obras.
Em que pontos estas duas formas distintas de arte podem apresentar semelhanças e sob quais perspectivas ou nuances da direção de arte os filmes interagem com as telas de Machado ou as tem como referência? Para levantar tais dados e traçar os correlatos entre telas e filmes a dissertação utilizará pesquisa teórica bibliográfica entre telas do pintor e objeto. Como corpus de estudo serão utilizadas telas de Juarez Machado e o filme de 2001, O Fabuloso Destino de
Amélie Poulain (Le fabuleux destin d’Amélie Poulain). Este trabalho discorre sobre análise da imagem, intertextualidade e mídias, com aporte teórico em Gérard Genette e Gilles Deleuze.
Abstract:
The French filmmaker Jean-Pierre Jeunet, director of films such as
Amélie (Le Fabuleux destin d’Amélie Poulain) and A Very Long
Engagement (Un long dimanche fiançailles) admitted in interviews to have been influenced by the aesthetics of the Brazilian, settled in Paris, painter Juarez Machado. But the filmmaker does not pinpoint where visual elements were used