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Alguns animais, ao nascerem, já trazem quase todas as características que lhes acompanharão pelo restante da vida. Com os seres humanos, quis Deus em sua sabedoria, que sua natureza seja diferente. Ao nascer, se a criança não tiver os cuidados e a assistência total de adultos, é quase impossível sua sobrevivência. Na vida espiritual ocorre esta mesma situação, pois o novo cristão, ao nascer de novo, necessita de um apoio, assistência e orientação para o crescimento da sua vida espiritual. Se ele não conviver com pessoas que professam a mesma fé, não participar do grupo ao qual está pertencendo, a probabilidade de crescimento e aprendizagem do novo estilo de vida será reduzida consideravelmente. Este relacionamento implica na obediência ao ciclo da vida natural, que é o mesmo da vida cristã.
É bastante comum na Bíblia a utilização de verbos como gerar, nascer, crescer, amadurecer e substantivos como: filho, pai, criança, todos se referindo ao desenvolvimento da vida espiritual. Em Jo. 1:12; I Co. 3:1-2; Ef. 4:13-14; Hb. 5:12-14 e I Jo. 2:1-28). Para uma compreensão mais precisa do significado de Discipulado, estas metáforas devem ser assimiladas. A Bíblia é um livro que fala de relacionamentos de Deus com os homens, dos homens com Deus e entre os homens. É com este objetivo que surge a necessidade do Discipulado. O significado da palavra discípulo, é aluno ou aprendiz. Da palavra discípulo, considerando o contexto do Evangelho, chegamos ao termo Discipulado, tema deste artigo, que pode ser considerado o relacionamento entre um mestre e seu discípulo, com base no modelo de Cristo, de forma que esses discípulos se transformem em mestres para outros discípulos, sem quebrar esta cadeia. Por sinal, esta é a compreensão do apóstolo Paulo, quando escreveu a Timóteo:
“(...)E o que de minha parte ouviste, através de muitas testemunhas, isso mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos, para instruir a outros.” (II Tm.2:2).
Compreendemos