Paper direito comercial - cooperativismo
O cooperativismo encontra raízes nos tempos da Revolução Industrial. Época em que surgiram os problemas sociais da era moderna e a classe operaria subsistia em condições de intensa miséria e exploração, com jornadas de trabalho absurdas e sem qualquer assistência pública. Na tentativa de escapar da miséria a eles imprimida, vinte e oito operários tecelões ingleses de Rochdale, em 1843, se uniram para, além de fundar a primeira cooperativa de consumo, lançar a semente do sistema econômico do cooperativismo: a Rochdale Equitable Pioneers/ Society Limited. No ano seguinte, o grupo começou um armazém cooperativo com o objetivo de oferecer aos associados produtos como manteiga, açúcar, farinha de trigo e de aveia, no início, e, posteriormente, fumo e chá. A organização dos “probos pioneiros”, como ficou conhecida, foi objeto de deboche dos comerciantes da época, por não vislumbrarem como aquele simples armazém cooperativo, tão diferente do sistema econômico vigente, poderia prosperar. Em 1849, o número de sócios subiu para 392 e, no ano subseqüente, a sociedade construiu um moinho. Dez anos depois do início de suas atividades, a cooperativa de Rochdale contava com cerca de 1400 cooperados e, não obstante o fato de provar a eficácia do modelo cooperativista há mais de um século atrás, caracterizou-se como marco desse sistema, na medida em que as mesmas características e princípios são adotados até hoje.
COOPERATIVISMO NO BRASIL
Os primeiros traços da atividade cooperativa no Brasil são encontrados no período colonial, com os jesuítas. No final do século XIX, nasceram as primeiras cooperativas formalizadas, basicamente nas regiões sul e sudeste. Inicialmente, tais associações foram feitas entre funcionários de empresas públicas, no setor de consumo, e entre imigrantes europeus e asiáticos, nos ramos agrícola e de crédito rural. Na década de 30, frente à depressão de 1929 e à crise do café, o governo Getúlio Vargas estimulou