Papel do Maestro e rock dos anos 70 e 80
A obra de Pixinguinha na Música Popular Brasileira engloba sofisticação e criatividade na produção das melodias, o que sempre despertou a atenção de músicos versados em outros gêneros e estilos, tais como o Jazz e a Música Erudita.
Radamés Gnattali, admirador das composições de Pixinguinha e um de nossos maiores regentes-compositores, sintetiza o perfil do maestro brasileiro: eclético, criativo e sem preconceitos em relação ao gênero popular - características que encontramos também no perfil do artista Villa-Lobos.
Mas afinal, qual o papel do maestro?
Personagem comum em desenhos animados e filmes humorísticos, tipo "sessão Pastelão", o regente - ou maestro, nome italiano pelo qual é mais conhecido -, é um profissional pouco compreendido. Muitos se perguntam para que serve aquela figura de casaca gesticulando na frente de um grupo de músicos que mal parece dar-lhe atenção.
Outras perguntas se originam da mesma incompreensão:
1. Se os músicos conhecem a música e têm a partitura então, para que é preciso um condutor?
2. Para que serve aquele "pauzinho" sacudido por ele o tempo todo?
3. Por que ele é o mais aplaudido quando o concerto acaba se ele não tocou nada?
Respondendo a estas pergunta podemos entender um pouco mais esta figura quase folclórica e desfazer alguns conceitos equivocados.
Resposta 1: De fato, a partitura contém todas as indicações necessárias para se tocar as notas da música. Entretanto, não devemos confundir a música com as notas que a compõem.
Quando comparamos uma mesma música executada por dois cantores ou instrumentistas diferentes podemos diferenciar a interpretação que cada um empresta à obra. A interpretação é uma espécie de marca pessoal que torna a execução única e caracteriza o artista naquele momento. Nesse caso, seria correto dizer que o maestro "toca a orquestra", isto é, ele unifica o conjunto dos intérpretes em uma única expressão, aquela que ele entende como a mais adequada ao