Papel do antrop[ologo
Os textos apresentados para esta análise fundam-se, principalmente, na questão que envolve o papel do antropólogo, isto é, seu trabalho perante a sociedade.
Primeiramente, o texto “O Ofício do Antropólogo, ou Como Desvendar Evidências Simbólicas”, de Luiz R. Cardoso de Oliveira, caracteriza a Antropologia como uma ciência que privilegia o ponto de vista interno do nativo além de focar em situações empíricas concretas.
Do mesmo modo, é descrito uma prática antropológica do trabalho de campo, em que o antropólogo passa a viver no ambiente a ser estudado para daí tirar suas percepções acerca do desconhecido, buscando fazer uma vinculação com a visão do grupo estudado. Para tanto, o antropólogo passa pela dificuldade de interação com uma cultura diferente da sua e, para tentar sanar isso, ele deve transformar o exótico em familiar, o que resulta na busca de um sentido lógico e coerente às práticas que está observando.
Também é descrito nesta situação o fato de o antropólogo ter um impacto de sentimentos ao se ver em um choque cultural, em que suas emoções afloram pela falta de estar em sua comunidade de origem. O acesso ao mundo novo é, justamente, aguçado por esse sentimento de perda, o que proporciona ao antropólogo uma ampliação de seu universo de compreensão.
Esta, pois, não se dá mais através das intuições do ator e sim através do contra-intuitivo, em que o conhecimento é desvendado pelo ator através de percepções empíricas. Sendo assim, o papel principal do antropólogo passa a ser a interpretação de evidências simbólicas. Esta, por sua vez, é alcançada pelo estudioso ao se fazer uma conexão entre seu horizonte histórico-cultural e o ponto de vista nativo.
Além disso, são as evidências simbólicas estudadas pelo antropólogo que permitem a produção de uma etnografia adequada, isto é, de uma realidade convincente.
Já o texto "Observando o Familiar" de Gilberto Velho também revela a necessidade do investigador em fazer uma pesquisa de