Papel da escola em relção ao ensino ao ensino da gramatica
Ao longo dos anos muito se tem falado e principalmente questionado sobre o papel da escola em relação ao ensino da gramática.
A crença que prevalece entre a maioria dos professores, autores e pesquisadores é que aprender a língua significa aprender as normas gramaticais. O uso da gramática normativa ou tradicional está arraigada na prática escolar. O problema é que ela não aceita as variedades linguísticas e subjuga qualquer outra variedade da língua, além de não aceitar o erro gramatical.
Surgem então a partir dos anos 80 e 90 outras gramáticas: a descritiva, a internalizada, e a funcional. A gramática descritiva como o próprio sugere descreve ou explica os trabalhos dos lingüistas, que tem por objetivo descrever a língua tal como ela é falada. A gramática internalizada é chamada de natural ou intuitiva, ela se define como o conjunto de regras que um falante domina os conhecimentos que possui para produzir frases compreensíveis e reconhecidas. Assim como a descritiva, a internalizada só enxerga como erro as formas que fogem a qualquer variedade linguística. A gramática funcional está atrelada a descritiva, mas a sua preocupação é com o uso funcional da linguagem, uma frase pode ter várias funções.
Há muitas controvérsias sobre o que ensinar e como ensinar gramática aos nossos alunos, visto que desde o início o ensino da gramática supõe o uso de normas e regras gramaticais e a sua constante classificação.
Possenti (1996) nos diz que o papel da escola é de ensinar a língua padrão, já que as crianças adquirem e usam a língua de forma natural, sem que precisem ser ensinadas, pois já possuem sua gramática internalizada. Segundo o mesmo, não existe uma gramática superior a outra, cabe a escola mais especificamente aos professores de língua portuguesa criar condições para que os alunos conheçam e reconheçam as variedades com as quais não tem familiaridade.
As regras gramaticais estão aí e elas nos são