Papado
Nos primeiros três meses deste ano, foi intensamente noticiada pela mídia nacional e internacional a renúncia do Papa Bento XVI, e a consequente eleição de um novo papa, que adotou o nome Francisco I. A Igreja Católica Apostólica Romana, no que diz respeito a sua organização eclesiástica, possui uma estrutura similar a de uma monarquia, um dos elementos que a difere de igrejas protestantes tradicionais, cuja estrutura é similar a uma democracia, em que o líder máximo é eleito por período fixo, enquanto naquela o líder máximo, sendo eleito, ocupa a função de forma vitalícia. Como nas monarquias, o usual é, então, permanecer no posto até o falecimento. Contudo, a possibilidade de renúncia existe, mas é raramente exercida. A Igreja Católica, por ser uma instituição cuja existência é secular e cuja influência sobre a vida pública e privada nas sociedades em que está presente costuma ser intensa, sofreu o que muitas vezes ocorre, como prova a história, com tais instituições: a corrupção de seus líderes, em diversos graus e modalidades [outras denominações cristãs, classificadas em geral como protestantes, também têm sido acusadas de algum tipo de corrupção]. A renúncia do papa Bento XVI ocorreu justamente em um período no qual a Igreja Católica se vê novamente diante de diversas acusações de corrupção moral e administrativa. Os meios de comunicação, portanto, interpretaram de forma diversa esta renúncia, alguns como um ato de coragem, outros como um ato de fuga. Artigos foram escritos defendendo ou atacando não só o papa Bento XVI como a estrutura eclesiástica conhecida como Papado.
O artigo para leitura nesta atividade (publicado pela revista Carta Capital na edição de
20/02/2013) faz parte daqueles que adotaram uma postura crítica diante do fato. Leia atentamente e identifique 2 críticas feitas pelo autor, explicando seu sentido. Após, apresente sua própria opinião sobre a crítica e o fato, argumentando a favor