Papa
Sucessor do beatificado Papa João Paulo II, o alemão Joseph Ratzinger veio a se tornar o 265º pontífice em 19 de Abril de 2005, em um dos conclaves mais curtos desde então e como é de costume após um longo pontificado haveria um papado curto; de transição, porém será que esta passagem ocorreu como o esperado?
Culto e inteligentíssimo, líder da Congregação para Doutrina da Fé durante 24 anos e eleito com imenso apoio das alas mais conservadores que pretendiam dar continuidade as ideias de Wojtyla. Estava mais do que preparado para as questões que embalavam o novo mundo cada vez mais desagregado dos dogmas e da igreja em si. Vide o seu nome de escolha, Bento, que faz alusão ao venerado Papa Bento XV que guiou a igreja durante primeira guerra mundial; um período conturbado e novamente cheio de mudanças institucionais, no entanto, porque não vimos tais mudanças?
É importante salientar que Bento XVI enfrentou uma instituição fragmentada. Ideais, correntes filosóficas, conservadorismo, vertentes... Tudo isso misturado entre salesianos, franciscanos, jesuítas e etc. Teve também seu poder enodoado pelos diversos escândalos que variavam de nepotismo,desvio de dinheiro,denúncias de pedofilia,corrupção e abuso hierárquico. Problemas esses quase sempre ocultados pela Cúria.
A Cúria que segundo sociólogo Ivo Lebauspin é retrógada e burocrática, detentora de muito poder e que em muitos casos é inegavelmente maior que do próprio Papa. ‘’Escândalos como o do Vatileaks só enfatizam o conflito interno’’- diz em entrevista ao site Plural da UFRJ.
Impossibilitado de realizar grandes reformas, Ratzinger buscou no conservadorismo uma maneira de manter solidez da igreja dos males enraizados tanto fora e dentro do Vaticano. Incapaz de manter uma instituição inadministrável em 11 fevereiro de 2013 anunciou algo que não era realizado a quase seis séculos: Uma renuncia de um Pontífice (Ultimo fora Papa Gregório XII em 1415, durante eventos da