O Papa
O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, 76, arcebispo de Buenos Aires, é o novo papa. Ele escolheu o nome de Francisco. O papa Francisco é o primeiro latino-americano da história. Foi a primeira vez que o seu cargo foi entregue a um membro da Sociedade de Jesus.
Argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.
Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.
O jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio, 76 anos, que adotou o nome de Francisco, terá agora uma série de desafios para reestabelecer a credibilidade da fé cristã em meio a uma das maiores crises da Igreja Católica.
Neste sentido, a opção por um papa latino-americano, o primeiro da história, pode ser analisada como uma estratégia política do Vaticano. A América Latina concentra 45% dos 1,1 bilhão de católicos do mundo, além de ser uma região de expansão do Catolicismo, ao contrário da Europa, que há anos vive um processo de descristianização.
Contribuíram, para esse declínio, os escândalos de corrupção no Vaticano, os casos de pedofilia envolvendo religiosos e a dificuldade da Igreja em lidar com questões como o aborto, o homossexualismo, o divórcio e as conquistas do feminismo nas últimas décadas.
Entretanto, uma das primeiras tarefas do novo papa será tratar de questões administrativas. A Cúria Romana, órgão administrativo da Santa Sé, é alvo de denúncias de corrupção, nepotismo e abusos de poder. As supostas irregularidades tornaram-se públicas com a divulgação de documentos secretos do Vaticano, no ano passado, no escândalo que ficou conhecido como Vatileaks (em referência ao Wikileaks).
Outro assunto interno sobre o qual o papa Francisco deverá se posicionar são as acusações de crimes sexuais cometidos por clérigos. Uma sucessão de acusações de pedofilia envolvendo padres, ao final do papado de