Panorama Geral da História da Ciência
A tentativa de explicar questões comuns a todas as civilizações da Antiguidade como, por exemplo, acerca do universo em que vivemos - sua origem, a origem dos homens, entre outras -, levou à criação de mitos.
Os mitos cosmogônicos estão presentes nas civilizações indígenas amazônicas, babilônica, suméria, egípcia e grega para explicar a criação do universo. Em comum possuíam a ligação com crenças religiosas, divindades e elementos naturais como terra, ar e água.
Vênus e Marte – Clerck, H (1570-1629) O nascimento da Via Láctea – Le Tintoret (1518-1594)
Em meados do século V a.C., começaram a surgir obras que criticavam esse modo de pensar vinculado às religiões e aos deuses, estes últimos apresentando os mesmos defeitos dos homens - injustiça, vingança, ira - como em Xenófanes de Cólofon (576-480 a.C.), nascendo um novo modo de pensar fundamentado na razão: a filosofia.
A filosofia grega pode ser dividida em dois períodos: Pré-socrático e Pós-socrático.
No período Pré-socrático postulava-se a existência de uma matéria primordial a partir da qual todas as coisas seriam feitas: o arche. Cada filósofo o considerava como uma substância diferente. Para Tales de Mileto (624-558 a.C.), seria a água, ao passo que para Anaxímenes (585-528 a.C.), seria o ar. Para Anaximandro (610-547 a.C.), o arche seria o ápeiron, uma substância indefinida a partir da qual tudo se criaria e a ela retornaria quando destruído. Empédocles (484-421 a.C.) estende a ideia do arche para os quatro elementos materiais: água, terra, ar e fogo. Ainda neste período, aparecem os atomistas Leucipo (480-420 a.C.) e Demócrito (460-370 a.C.), para quem a existência do vazio é condição para o movimento dos átomos, os quais sempre existiram e formariam todas as coisas do mundo ao se juntarem de forma puramente mecânica.
No período Pós-socrático surgem atomistas Epicuro (341-270 a.C.) e Lucrécio (99-55 a.C.), para quem a existência do vazio também seria