Panorama Econômico da Pecuária de Corte
As Origens, o Atual Cenário Econômico e o Desempenho do Setor:
O estado do Rio Grande do Sul teve sua formação econômica atrelada ao desenvolvimento dos mercados agrícolas. Nos séculos XVIII e XIX a economia da região baseava-se na produção de couro e charque, a partir do estabelecimento das primeiras charqueadas na metade sul do Estado. As estâncias tornaram-se a matriz econômica da província, estabelecendo relações comerciais próximas com os países da Região do Prata. A industrialização da carne bovina surgiu no início do século XX com a implantação dos primeiros frigoríficos de capital estrangeiro, determinando a bovinocultura de corte como a principal atividade agropecuária de exportação. No mesmo período, consolidou-se, no centro e metade norte do Estado, os projetos de colonização, determinando um novo processo de desenvolvimento baseado na agricultura familiar e diversificação da produção agrária, estimulando a agroindustrialização destas regiões, o que explica as diferenças produtivas e a concentração majoritária da pecuária de corte na metade sul do estado, principalmente na região da campanha. Atualmente, o que encontramos após vários ciclos evolutivos é uma ação concomitante da indústria de máquinas e o setor de produção de carne. Os rebanhos atingiram alto nível de refinamento, graças a introdução de raças européias como o angus e o hereford. As estâncias possuem a aptidão natural para o cultivo dos animais e são, ainda, em boa parte, trabalhadas para que se atinja alto nível de eficiência na produção de boas carcaças, como por exemplo, através do cultivo de pastagens que garantam todas as estações do ano, como por exemplo o azevém, trevo, cornichão, aveia, sorgo, entre outros, e de manejos diferenciados, mesmo que ainda em grandes extensões de terras, o que o diferencia do modelo intensivo, que lida com confinamentos, mas, também, não permite que se encaixe no sistema simples