Panorama do cinema uruguaio
O cinema uruguaio não começou diferente de outros países, alguns equipamentos óticos como o daguerreótico foram importados da França e desde 1839 são conhecidos impressos fotográficos que marcam os principais traços do Cabildo, a Praça do Mercado e o General Rivera entrando Monte VI Del Oeste, batizado mais tarde de Montevideo.
Em 5 de abril de 1896 o jornal El Siglo, publica a primeira crônica cinematográfica do país, detalhando a exibição dos Lumière no Grand Caffe e mencionando os filmes A saída dos operários da fábrica e A chegada do trem à estação. Pouco mais de dois meses depois, em 18 de julho foi feita a primeira exibição privada do Uruguai, o Salão Rouge apresenta pequenos filmes entitulados Vistas do mar, A derrubada de um muro, O almoço de um bebê, A saída dos operários da fábrica entre outros.
Uma corrida de ciclismo no velódromo de Arroyo Seco foi o primeiro filme uruguaio, filmado em 1898 por Félix Oliver. Depois de uma visita à Europa, onde conheceu os Lumiére e comprou os equipamentos necessários para filmar e projetar. Em 1900 Oliver volta para a Europa e trabalha com Meliès, faz pequenos filmes onde ele mesmo atua e promove seu trabalho de pintor letrista. Mesmo com o acumulo de funções Oliver abre ainda um pequeno cinema na avenida 18 de julho, avenida esta que hoje abriga a principal sala da cinemateca.
Vários documentários foram filmados durante a Revolução de 1904, onde os cineastas uruguaios preferiam mostrar as festas, piqueniques e corridas nos parques da nobreza à registrar as sangrentas batalhas. Esta preferência influenciou a história da contada, pois os colorados eram apresentados como heróis da resistência e aclamados pela raça que demonstraram. Quando um documentário de 1904 revelou que a guerra terminou em um simples acordo e aperto de mãos.
A primeira obra cinematográfica nacional que comoveu o público e obteve êxito comercial foi filmada em 1929, por Carlos Alonso. Baseado num caso real El pequeño