Panoptismo
Nesse caso da cidade pestilenta, existe um modelo disciplinar, no entanto, as pessoas dessa cidade eram tratadas por meio da força e da violência, diferente da sociedade panóptica que também tem um modelo disciplinar, mas que, como Bentham acreditava, as pessoas não eram tratadas por meio da força, pois não era mais necessário a violência para obrigar alguém a fazer algo, e apenas a disciplina e a metodologia implantada eram suficientes.
A estrutura panótica é uma construção circular, onde existe uma torre com janelas no centro e as celas no entorno do local, e cada cela tem duas janelas, uma para a torre e a outra para a entrada de luz, e com isso transformava a visibilidade em uma armadilha, já que no anel periférico sempre é visto, mas nunca vê e na torre central, sempre vê e nunca é visto. Isso garante a ordem do local, pois não existem diálogos entre as pessoas, se forem presos nas celas, eles não conseguem fazer complô, nem uma tentativa de fuga coletiva, se são doentes, não existe contagio, se são crianças não existe conversa nem dispersão da atenção.
Sendo assim o vigia ou qualquer outra pessoa que estivesse do lado de fora da cela tem tudo controlado e a pessoa que esta na cela é solitária e é observada, e isso é uma grande estratégia já que o vigia não vai estar sempre lá, mas o detento vai sempre achar que esta sendo observado já que não consegue verificar isso, e ai surge o principio de que o poder deve ser visível e inverificável.
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