panoptismo
Na sua obra, Foucault determina a ação do sujeito como fundamental no processo de exercício do poder, e que, o exercício desse poder não está limitado pela soberania jurídica ou pela existência do Estado, com o tempo foram necessárias novas formas de domínio das massas, diante dessa necessidade surge uma nova “mecânica de poder” baseado no controle do homem utilizando “sistemas de vigilância”, o que Foucault chama de PANOPTISMO, um mecanismo disciplinar que atinge toda a sociedade.
A vigilância deixa os vigiados com sentimento de impotência, e é esse sentimento que faz com que o poder seja exercido de forma precisa. O panoptismo é o modelo mais democrático e mais eficiente que temos conhecimento.
O efeito mais importante do panoptismo é que ele induz uma sensação constante de vigilância, independente de quem vigia (não há necessidade de que o vigilante seja um guarda, policial ou indivíduo especializado) uma vez que o modelo panóptico proposto por Foucault, é um ambiente onde quem vigia não é visto e quem é vigiado sim, então, se no lugar do vigia for posto uma criança ou até mesmo ninguém, o efeito sobre o vigiado será o mesmo, pois ele só sabe que está sendo visto mas não sabe por quem, nesse caso vale relembrar que para que a proposta funcione o individuo vigiado nunca sabe quem o está vigiando.
Trazendo o conceito de panoptismo para atualidade podemos encontrar vários exemplos, afinal com o crescimento expressivo da população mundial ficaria impossível controlar todos sem um método eficaz de vigilância; O poder do Estado, a aplicação de leis e os reguladores sociais não seriam suficientes para conter a criminalidade é nesse ponto que o avanço da tecnologia vem a ajudar. Hoje em dia podemos perceber esse modelo panóptico em quase todos os lugares em que estamos, seja nas escolas, nos hospitais, nos mercados, nas empresas, nas ruas,