Panoptico
PROFA. ISABEL SPAGNOLO.
RESUMO SOBRE A FORMAÇÃO DA NAÇÃO – ESTADO E AS TEORIAS CONTRATUALISTAS.
1 – Nação-Estado.
No século X não existia o sentido de patriotismo nacional, uma vez que não havia países tais como os conhecemos hoje.
Em fins da Idade Média, no decorrer do século XV, tudo isso se modificou. Surgiram as nações, as divisões nacionais se tornaram acentuadas, as literaturas nacionais fizeram seu aparecimento, e regulamentações nacionais para a indústria substituíram as regulamentações locais. Passaram a existir leis nacionais, línguas nacionais, e até mesmo, Igrejas nacionais. Os homens começaram a considerar-se não como cidadãos de Madri ou de Paris, mas da Espanha, Inglaterra e França. Passaram a dever fidelidade não à sua cidade ou ao senhor feudal, mas ao rei, que é o monarca de toda uma nação.
A ascensão da burguesia aconteceu entre os séculos X e XV. Essa burguesia queria ordem e segurança.
Os que utilizavam as estradas para enviar suas mercadorias ou dinheiro a outros lugares eram os que mais reclamavam proteção contra os assaltos e isenção de taxas de pedágio. A confusão e a insegurança não seriam boas para os negócios.
Nesse contexto, quem poderia garantir a ordem e a segurança?
No passado, a proteção era proporcionada pela nobreza e pelos senhores feudais.
Nesse novo cenário, os exércitos feudais pilhavam, destruíam e roubavam. Os soldados dos nobres não recebendo pagamento regular pelos seus serviços, saqueavam cidades e roubavam tudo o que podiam levar. Era a presença de senhores diferentes em diferentes lugares ao longo das estradas comerciais que tornavam os negócios tão difíceis. Necessitava-se de uma autoridade central, um Estado nacional. Um poder supremo que pudesse colocar ordem ao caos feudal. Era o momento oportuno para um poder central, forte.
Na Idade Média, a autoridade do rei existia teoricamente, mas de fato era fraca.
Os senhores feudais começaram a