PANCREATI
INTRODUÇÃO
A pancreatite é um distúrbio inflamatório caracterizado por destruição anatômica e funcional progressiva do pâncreas, é uma doença grave, comumente descrita como a autodigestão do pâncreas. O ducto pancreático fica obstruído, acompanhado pela hipersecreção das enzimas exócrinas do pâncreas. Essas enzimas penetram no duto biliar, onde são ativadas e, em conjunto com a bile, refluem para dentro do duto pancreático, causando a pancreatite (SMELTERZ, 2005). O consumo de álcool nas sociedades ocidentais e a desnutrição mundial são as principais causas, e o consumo do mesmo, excessivo e prolongado contribui aproximadamente com 70% dos casos. A incidência da pancreatite é 50 vezes maior nos alcoólicos que na população abstêmica. (CLAIN e PEARSON, 1999). A pancreatite pode ser aguda e crônica, sendo que esta última geralmente se desenvolve por exacerbações agudas sucessivas. Classifica-se a pancreatite crônica em calcificante (PCC), obstrutiva (PCO) e inflamatória (PCI) (MARSEILLE,1988). Ocorre em 20 por 100.000 habitantes no mundo e a mortalidade é de 50% em 20 a 25 anos (ARDENG,2004). A pancreatite crônica calcificante alcoólica é a forma mais prevalente no Brasil, supera em 90% as demais PCC sendo mais comum em homens na faixa etária entre 40 e 50 anos (GULLO,2005). Os fatores de risco relacionados a pancreatite resultam do abuso de álcool e como segunda causa principal a colelitíase (BARBIERI,2002). Os sinais e sintomas, inicialmente, podem não ser específicos e simular outros problemas gastro- intestinais. O sintoma chave é a dor que se inicia gradualmente e pode persistir por horas, é geralmente médio-epigatrica e incomodante, mas pode ser referida no ombro ou região dorsal. (BARBIERI,2002) . As manifestações clínicas compreendem vômitos, náuseas, anorexia e perda de peso significativa