Palestra Parabola do Semeador
Parábola:
Naquele dia, saindo Jesus de casa, assentou-se à borda do mar.
E vieram para ele muita gente, de tal sorte que, entrando em uma barca, se assentou, ficando toda a gente de pé na ribeira; e lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo:
Eis aí que saiu o que semeia a semear.
E quando semeava, uma parte das sementes caiu junto da estrada, e vieram às aves do céu, e comeram-na.
Outra, porém, caiu em pedregulho, onde não tinha muita terra, e logo nasceu, porque não tinha altura de terra. Mas saindo o sol se queimou, e porque não tinha raiz, se secou.
Outra igualmente caiu sobre os espinhos, e crescendo os espinhos, afogaram-na.
Outra enfim caiu em boa terra, e dava fruto, havendo grãos que rendiam a cento por um, e outros a sessenta, outros a trinta.
Explicação:
“A parábola do Semeador trata não da agronomia física, mas da agronomia metafísica, trata do terreno imprevisível do livre-arbítrio humano, onde nenhum semeador, nem mesmo o próprio Cristo, podem saber do resultado da sua semeadura”.
Para Cairbar Schutel a parábola do Semeador sintetiza os caracteres predominantes em todas as almas, ao mesmo tempo em que nos ensina a distingui-las pela boa vontade com que recebem as novas espirituais:
O Semeador: É Jesus e seus seguidores; os que falam em seu nome, e pregam a Palavra de Deus com a autoridade da moral que o Cristo ensinou. Na Escola de Aprendizes é todo o grupo: o Dirigente e o Expositor e também os alunos, pois todos nós, de certa forma, conhecendo a semente, passamos também a semear, com bons ou maus exemplos.
“Nem todos os pregoeiros da Palavra a apregoam tal como ela é, em sua simplicidade e despida de formas enganosas. Uns revestem-nas de tantos mistérios, de tantos dogmas, de tanta retórica; ornamentam-nas com tantas flores que, embora a “palavra permaneça”, fica obscurecida, enclausurada na forma, sem que se lhe possa ver o fundo, a essência! Muitos pregam por interesse, como “o mercenário