Paleomagnetismo
Paleomagnetismo no Brasil
Aluno: Paula Alves Cardoso
Professor: Hernando Baggio
Paleomagnetismo é o estudo do campo magnético das rochas que avalia as mudanças do campo magnético terrestre, em épocas remotas, e a movimentação dos continentes no tempo geológico. O paleomagnetismo mostrou que algumas rochas registravam o campo magnético terrestre na altura da sua formação, podendo conservá-lo durante muitos milhões de anos e mostrou também que muitas dessas rochas apresentavam o registro de um campo magnético com polaridade diferente da atual, demonstrando que o campo magnético terrestre tinha sofrido inversões na sua polaridade, ou seja inversão magnética. A inversão magnética consiste em, os polos magnéticos mudam as suas posições, ficando o polo norte magnético próximo do polo sul geográfico (a polaridade é inversa) e atualmente, o polo norte magnético está próximo do polo norte geográfico (a polaridade é normal). Durante quatro anos, o físico Gelvam Hartmann coletou e examinou quase 600 fragmentos de tijolos de igrejas e casas antigas da Bahia, de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo para conhecer a variação do campo magnético terrestre sobre o Brasil nos últimos 500 anos, um período sobre o qual praticamente não havia informação do ponto de vista geofísico. Seu trabalho registrou uma inesperada queda na intensidade do campo magnético nas regiões Nordeste e Sudeste e, a partir daí, estabeleceu um método de análise de materiais arqueológicos brasileiros que confirmou ou definiu as prováveis datas de construções antigas, algumas delas sem nenhuma documentação histórica. Ao lado de arqueólogos, arquitetos e geólogos, Hartmann tirou pequenas lascas de tijolos de igrejas e casas coloniais do Pelourinho, no centro