Segundo o filósofo Alain de Botton em “A Kinder, gentler philosophy of success”, na conferência viabilizada pela TED TALKS, o discurso inicia abordando a questão da atual crise de carreira que vivemos. Onde um dos problemas mais graves da sociedade nessa atual crise é o esnobismo, que o autor classificou como “alguém que usa uma pequena parte de vocês para determinar de forma completa a pessoa que vocês são.”. Um fenômeno global que se acentua principalmente na área das carreiras profissionais, gerando consequentemente ansiedade nas demais pessoas por não alcançarem os padrões estipulados por parte da sociedade. Um dos problemas relacionados à ansiedade desse mundo globalizado é a associação de certas recompensas emocionais que hoje dominam formas de bens materiais, e quando se pensa nesses bens, uma emoção muito forte vem à cabeça, a inveja, outro problema que de acordo com Botton, se acentua quando há uma relação ou comparação com o indivíduo, principalmente quanto maior a aproximação em relação a idade, origem, processo de identificação, que reflete a infelizes comparações como as que vemos hoje em dia, como exemplo: “Mark Zuckerberg com seus 20 anos já iniciava uma empresa (Facebook) que renderia bilhões, enquanto você ainda não fez nada” o que resulta em uma situação de stress para muitos jovens que se desmotivam ao achar que já estão ultrapassados no seu tempo, sem a consideração do ponto de partida de cada indivíduo. Há, porém uma razão para existir a ansiedade na carreira e está ligada a algo positivo, a meritocracia. A ansiedade mencionada pelo autor, que também pode ser vista como angústia do status, não está na desigualdade social do mundo moderno, mas sim em sua natureza igualitária. O problema, porém é que a meritocracia faz parecer sua posição na vida “merecida” e não mais “acidental”. Fazendo com que o fracasso se torne muito mais esmagador, pois por lógica se a pessoa não atingiu o sucesso é por que ela fracassou, logo se ela fracassou é por que